Meu vaqueirão
Caio resendeDa vó creusa e do vô zé pingo
Num tempo de preconceito
Viver’um romance lindo
Um vaqueiro bom de gado
Forte e bem apessoado
Viu a donzela sorrindo
Era um amor atrapalhado
E cheio de distinção
Ela era moça rica
Ele um pobre vaqueirão
Santo reis lhe deu coragem
E com toda mocidade
Conquistou seu coração
Coronel pedro coelho
Era um pai enciumado
Para filha mais formosa
Um rapaz com doutorado
Mas a creusa era valente
Mulher forte, inteligente
E com o peito apaixonado
Foi mandada pra cidade
A donzela pequenina
Zé pingo em seu alasão
Disparou pra teresina
Bem de frente ao internato
Sem medo de desacato
Foi buscar sua menina
Com olhar apaixonado
Ele a chamou pra fugir
Sei que isto não é certo
Mas eu sou louca por ti
Disse a moça já montando
E saíram galopando
Sem saber pra onde ir
O seu pai injuriado
Não custou a lhe encontrar
Mas ali ninguém entrava
Sem zé pingo autorizar
Se quiser cê pode ir
Não impeço o seu partir
Mas ninguém vai lhe obrigar
Creusa de resende alves
Ela assim se apresentou
Sou mulher desse vaqueiro
Meu primeiro e grande amor
Sou mulher feita e crescida
Dona da minha própria vida
E do pai se separou
Certo dia na fazenda
Veio um cabra valentão
Jurou a pedro coelho
Um tiro no coração
Mas zé pingo destemido
Puxou a briga pra sigo
E lhe deu uma lição
O patrão e também sogro
Lhe olhou admirado
Este cabra é caba homem
E minha filha tem zelado
Venha cá meu vaqueirão
Aperte a minha mão
E ficou tudo acertado
Já são mais de 20 filhos
De sangue e de coração
Um casal véi arretado
Chei de fé e devoção
Hoje ensinam os seus netos
Mostrando o caminho certo
Têm o dom da criação
Agora eu peço a benção
E digo com alegria
A vó creusa e o vô zé pingo
Nos inspiram a cada dia
Com carinho e conselho
Com amor mais verdadeiro
Cuidam da nossa família