Não me teste (part. marginaleda )
CanetabeatsPra receber premio, basta ter treino
Pro sistema sou a peste, não me teste
Nem me conteste, meu som reveste, mas ninguém investe
A não ser meus amigos e eu mesmo, pense consigo mesmo
Eu paguei o preço, fiquei sem endereço, rezei tanto o terço
Pra ver da vida mudava, até adiantava
Minha paz voltava, mas não me tirava
Na lama me afogava, o tempo passava
A ideia ficava, estagnada, encruzilhada
Missão era furada, perdido na jogada
Procurava dormi, mas não consegui
Fiquei igual zumbi, fritadão por ai
Ninguém nem aí, comecei a xarpi
Válvula de escape, vamos da o baque
Manjando a picape, se rato de fuga escape, se não tu já sabe
Amanhece na vala e tua família que sente o baque
Porque quem tomo bala e viveu foi o 2PAC
Testa, testa pra tu ver se eu não acabo
Com a tua festa então me testa.
Pra conseguir é só lutar, ficar parado não dá
Pra conseguir é só lutar, ficar parado não dá
Em tantos obstáculos abrindo portas
E não me teste, eu já passei por muitas provas
Então também pode opinar a sua nota
Dos valores que aqui na Terra estão perdidos
Tenta bater de frente, eu sei que eu posso te desafiar
Sai do colo da minha mãe pra algo poder alcançar
Sem paciência pra palestra, não quero ficar de testa
Então testa que eu acabo com tua festa
E nem migalhos resta, ninguém contesta
Mantenho os pés em solo fértil
O céu é o limite, eu sou um projétil
Subo e caio facilmente sem saber se é o correto
Passando a semana, problemas deixando os neurônios em chamas
Cabeça pegando fogo, pra me testar tenta acompanhar o jogo
Me vigia, me escolta como um chefe de quadrilha
Arapuca ta armada, preparou a armadilha
Então não tenta tomar de assalto minha ilha
Os lobos tão faminto, se uniu, formou a matilha
No pique da matina, no pique china
Afaste-se do meu cálice para não sofrer chacina
Pelo meu passo a passo
Faço do corre corre, do assistência ao sangue nobre
Mas eu quero a minha meta, não e cada obstáculo pra derrubar minha trajetória
Vamo pra gloria, brasileiro sujeito homem
Faz teu nome monte o monte Everest pela testa
Rap underground não se inveje, investe
Mas os olhos de calça beje tem
Inveja do teu auge aplaude a fraude da cidade
Pensa consigo mesmo se e isso que tu quer
Lutar bastante pra no final não ter um cash
Flash, money, flash, back
Acordo as sete não meto sete
Mas não me teste, sou cria do velho oeste
Onde o filho chora e a mãe não vê
Então paga para ver vagabundo
Mas não me testa.
Eu sou um projeto projetando o que jamais foi projetado
A minha doutrina é outros 500 eu não nasci pra ser testado
Então não testa minha fé se bosta, que eu faço tua vida virar uma bosta
sem ladainha nada é resolvido com papo furado ou tapinha nas costas
Eu decidi não ser mais um com o coração e alma vazia
Suave, swing, ginga, levada engatilha e plaw
A minha droga é o RAP e essa porra me vicia
A minha loucura faz os loucos achar que loucura é normal
Cuidado que o jogo é sujo e eu sou mais sujo que o jogo
A minha limpeza interna é a purificação da minha alma
Se existe um equívoco boto as cartas da mesa em jogo
Até que chegue ao ponto do adversário bater palma
Eu dou meu sangue pra escorrer pela família clã negão
Faço do seu ouvido a ponte pra tocar seu coração
E quando tu me ver calado, to bem não
Considere meu constante silêncio uma ameaça pra nação
Não me testa
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