Vem ver
Cantilena paulistanaDo lago da banana tem
Na Praça da Sé na lata de engraxar
Matraca que ginga tão bua era a que repicava
O bumbo batia e o nego puxava
O ponto de samba era pra derrubar
Vinha da bahia o tempero
Onde nego véio soltava o berreiro
Do fundo da casa de sinhá
E lembro também do Rio de Janeiro
Reunindo bambas o ano inteiro
Assovia ao fundo da Praça Mauá
(2x)
O fino amor do compositor
Vem ver
O canto lamento do negro liberto
Vem ver
Na saia rodada na roda de samba
A flor, a cachaça, o samba é de raça
Então vem ver
Assim o samba subia pela avenida
Pedia licença na delegacia
Com o passo marcado podia passar
Entrando na casa de quem lhe desse passagem Comia, bebia, criava imagem
A coisa do negro não pode parar
No trem o samba que se fazia
O rancho também fazia alegria
Nascia a escola pra desfilar
Mas quem canta e encanta de nada depende
Se pisa no chão e samba com a gente
Desce do morro pro mundo escutar
(2x)
O fino amor do compositor
Vem ver
O canto lamento do negro liberto
Vem ver
Na saia rodada na roda de samba
A flor, a cachaça, o samba é de raça
Então vem ver
A garoa fina que cobre a menina
Vem ver
O sol que clareia batuque num arreia
Vem ver
O canto amargo, a tristeza, a alegria
A noite é a lua que traz a folia
Então vem ver
Vem ver (2x)