Vênus da estrada
Carlos niehuesSer o resto de uma fera
Pra poder te devorar
Fazer as curvas no destino
Criar um céu pro sol a pino
E em meus braços te alcançar
Fortaleza de um menino
Quem me dera, quem me dera
Ser o elo de uma era
Pra poder te conquistar
Viver a guerra e o armistício
Sendo sóbrio no teu vício
Me prender me abandonar
Nessa luz do teu ofício
Como raposa em sua astúcia
Enfrento a Prússia de um escuro mar
Cavo com as mãos a minha mina
Na luz de lamparina de um luar
Há sempre uma erva daninha
Pra quem deixou de sonhar
Asas que se podam não podem voar
Quem me dera, quem me dera
Ser a voz que prolifera
Das fronteiras do desejo
Ando louco por teu beijo
Ando louco por provar
Fruta viva, fruta ardente
Tentação de anjo cadente
Quem me dera, quem me dera
Ser o aço de uma esfera
Um iceberg derretido nos pólos de coração
Bordar os passos na calçada,
Com os Vênus dessa estrada
Brilho de constelação
Como raposa em sua astúcia
Enfrento a Prússia de um escuro mar
Cavo com as mãos a minha mina
Na luz de lamparina de um luar
Há sempre uma erva daninha
Pra quem deixou de sonhar
Asas que se podam não podem voar