A história do cavaleiro enluarado com a donzela das terras de bem amar
Carlos pittaCavaleiro Enluarado,
De onde vens que não se chega?
De que terras traz, partida,
Coração sujo de estrada?
Vem clareia nos meus braços
Que quero sonhar contigo.
Me dizes qual o teu nome
E serei de ti amada.
Cavaleiro:
Donzela, sou a lua nova
No sertão a clarear.
Sou pó, poeira, estrada.
Sou nuvem de ver passar.
Sou fogo de terra ardendo,
sereno cor de cantar.
Quando ando sou Tirana. }
Quando amo sou luar. } bis
Donzela:
E que queres, cavaleiro,
Em terras de Bem Amar?
Cavaleiro:
Ando atrás de ti, donzela,
A mando do meu sonhar.
Donzela:
Anda. Conta-me as caídas
Que encontrou no caminhar.
Cavaleiro:
São bem poucas pra quem ama.
Não merece nem contar.
Donzela:
Meu reino é bem guardado }
Por caminhos de adivinhar. }
Quero só, de ti, saber: } bis
Como conseguiste entrar? }
Cavaleiro:
Foi o vento do querer
Que me deu a montaria
E que me trouxe a teu morar.
Donzela:
Então venceste o meu encanto
E, de ti, serei amada.
Pois amor pra ser verdade
Tem que ter muito lutar.
Cavaleiro:
Que seja como a madrugada, }
Que pra cada cavaleiro } bis
Dá uma estrela de guiar. }