Carlos walker

O cavaleiro e os moinhos

Carlos walker
Acreditar
Há existência dourada do sol
Mesmo que em plena boca
Nos bata o açoite contínuo da noite

Arrebentar
A corrente que envolve o amanhã
Despertar as espadas
Varrer as esfinges das encruzilhadas

Todo esse tempo
Foi igual a dormir num navio
Sem fazer movimento
Mas tecendo o fio da água e do vento

Eu, baderneiro
Me tornei cavaleiro
Malandramente
Pelos caminhos
Meu companheiro
Tá armado até os dentes
Já não há mais moinhos
Como os de antigamente

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