Saga de um canoeiro
Carrapicho
Vai um canoeiro, nos braços do rio
Velho canoeiro, vai já vai canoeiro
Velho canoeiro, vai já vai canoeiro
Vai um canoeiro, no murmúrio do rio
No silêncio da mata, vai já vai canoeiro
Já vai canoeiro, nas curvas que o remo dá já vai canoeiro
Já vai canoeiro, no remanso da travessia já vai canoeiro
Enfrenta o banzeiro nas ondas dos rios
E das correntezas vai o desafio já vai canoeiro
Da tua canoa, o teu pensamento
Apenas chegar, apenas partir já vai canoeiro
Teu corpo cansado de grandes viagens
Já vai canoeiro
Tuas mãos calejadas do remo a remar
Já vai canoeiro
Da tua canoa de tantas remadas
Já vai canoeiro
O porto distante
O teu descansar
Eu sou, eu sou
Sou, sou, sou, sou canoeiro canoeiro, vai
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