Hoje
Castelo de veludo
Hoje eu sonhei que estava vivo
Era negra a minha solidão
Vi a noite anunciar o frio
Vi as luzes embaçadas
Era negra a minha solidão
Vi a noite anunciar o frio
Vi as luzes embaçadas
Hoje eu me deitei como um cão vadio
Como uma lágrima abandonada me encolhi de arrepio
Como um doente contei os dias
E me vi busca do descanso eterno
Hoje eu junto letras, construo palavras
Hoje eu bebo a seiva que me traz o vento
Hoje eu reinvento a minha dor calada
Hoje eu sei que dia beijará o tempo
E o meu caminho levará
A nada...
A nada.
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