Cavalgando o vento (cov)

Milonga para rulfo e onetti

Cavalgando o vento (cov)
O vento frio soprava lá fora
Na estrada gemiam os fantasmas
Ela saiu de Comala
O general mandava prender e matar
O doutor um jaleco branco puído usava
Ele esperando o trem chegar ao raiar do dia em Santa Maria

Pedro partia logo atrás, deixava o chão em chamas
Por que ela saiu de Comala?
Na garupa um vestido de xita dentro da mala
O circo chegava à cidade, trazendo Jacó e suas luvas de boxe
Indiferente ele esperando o trem chegar
Acendia outro cigarro pra lhe acompanhar

Deixemos o vento falar
Junto aos cadáveres Pedro seguia
No encalço da rústica camponesa
Que fugia pensando nos beijos do Dr. Díaz
A virgem grávida, o outro, os beijos
Deixemos o vento falar
Do campo santo em que gemiam os fantasmas
Suas memórias sobre as tardes e as noites em Comala

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