Cidade nua
Célia porto
Quando meus pés pisaram o chão
Da cor do Sangue que corre
Em minhas veias
Eu ainda era menino
Ainda guardava um sol na cabeça
E brincava no cerrado
Onde todo menino deve andar
Da cor do Sangue que corre
Em minhas veias
Eu ainda era menino
Ainda guardava um sol na cabeça
E brincava no cerrado
Onde todo menino deve andar
Vôo livre, vôo livre, vôo livre
Onde não havia esquina
Brasília
Entre o céu do cerrado e o chão
Sobre os homens o planalto e o tempo
Eram mãos, eram martelos
Eram sonhos e cutelos
Pra cortar...
Sonhos livres, sonhos livres, sonhos livres
Por trás de cada olhar
Quando o sangue do teu chão mesclou-se
Ao corpo, ao sonho, às mãos de sua gente
Eu ainda era menino
E vi chegar o açoite e a morte
No vento
Mas fui brincar no cerrado
Como todo menino foi brincar...
Medo e amor, medo e amor, medo e amor
por trás de cada olhar
Brasília
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