Visceral
César lascanoTanto bate até que sangra
Desculpe pelo ser humano
Desculpe pelo ser, humano
Desculpe pelo não saber
Desculpe pelo meu viver
De querer sentir, de querer andar
Desculpe pela teimosia
Pela minha covardia
Por esse minha mania
De querer respirar
Sigo cambaleando, combalido, constrangido
To fudido, mas não posso parar
Sigo andando, sem saber andar
Lá naquela linha
Onde o horizonte se confunde
O céu encontra o mar
Vou caminhar, caminhar
Sem parar, sem parar
Mas não peço desculpas pelo meu mal
Por assim visceral não quero saber
Não tenho culpa, esse é meu jeito
Eu sou intenso, a vida é uma só e eu quero viver
Se fuder, vai se fuder, to aí, vou seguir, não vou parar
Se não quer me ouvir, eu vou insistar, é melhor fugir
Eu vou gritar
Desculpe pelas minhas falhas
Desculpe minha navalha
Que às vezes eu carrego sem saber usar
Desculpe pelo meu saber
Desculpe por não viver
Por não crer em Deus
Por não saber rezar