César teixeira

Namorada do cangaço

César teixeira
Adeus, morena, o meu coração
é um passarinho solto
que não se pega com a mão.

Eu quero mesmo é andar pelo mato
ouvindo as cantigas de rádio,
beijar teu retrato
e voltar pra casa todo fim de ano
cantando um bolero de Waldick Soriano.

Saudade um dia sei que vou sentir,
sem o coração no peito
não posso ficar aqui,
porque a polícia se espalhou no mundo inteiro
e até hoje vive atrás de cangaceiro.

Ai, morena, corre, vai buscar
a minha metralhadora, que eu vou ter de usar!
Ai, morena, adeus, vou voltar,
a música que eu mesmo toco
eu tenho que dançar!

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