Chico sobreira

Vagalume

Chico sobreira
Se invade minha mata
Atropela os galhos do meu coração
Fere o leito do meu rio
Mãe, leito macio
Fere o nosso chão
Se impede o meu canto
De fluir encanto
Não sem ter razão
Canto na voz de um pássaro
Lá no regaço
Da imaginação
Sou vagalume
Perdido na noite
Sob luzes que incendeiam
Tribos desertas
Sou vagalume
Vestido de pássaro
Sempre iluminando a noite
Vagueando pela floresta
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