A azenha velhinha
Cidália moreira
AQUELA AZENHA VELHINHA
NA MARGEM DA RIBEIRINHA
QUE P'LOS VALES SERPENTEIA
NA MARGEM DA RIBEIRINHA
QUE P'LOS VALES SERPENTEIA
FOI TESTEMUNHA IMPASSÍVEL
DA TRAGÉDIA MAIS HORRÍVEL
QUE HOUVERA NA MINHA ALDEIA
( bis )
NAQUELA TARDE DE INVERNO
O CÉU PARECIA O INFERNO
ESTAVAM OS ASTROS EM GUERRA
E A RIBEIRA MAL SUSTINHA
A GRANDE CHEIA QUE VINHA
PELAS VERTENTES DA SERRA
( bis )
VENDO A RIBEIRA SUBIR
O MOLEIRO QUIZ FUGIR
LEVANDO O FILHO NOS BRAÇOS
PELA PONTE CARCOMIDA
JÁ VELHINHA E RESSEQUIDA
A DESFAZER-SE EM PEDAÇOS
( bis )
MAS, AI, QUE A PONTE QUEBROU-SE
E O MOLEIRO COMO FOSSE
NA CHEIA DA RIBEIRINHA
LEVOU O FILHO CONSIGO
E NUNCA MAIS MOEU TRIGO
AQUELA AZENHA VELHINHA
( bis )
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