Aquele salve pra quem representa o gueto
E bate na caixa do peito e diz, eu também sou filho de preto
E sabe de onde vem a sua essência
Da força do quilombo é que bota a resistência
Orgulho da minha cor, respeite minha crença
Sou filho de Xangô, meu protetor que eu peço a bença
Fechado com o rap, nos beco ou na pista
Sou afrodescendente, mas sou afrofuturista
Nas ruas da cidade dividindo a minha lombra
Passou a 68, acende mais uma bomba
Pra quem desacredita e gosta de plantar intriga
Sou bom na minha rima tanto quanto eu sou na briga
Não vai ser o primeiro a querer cantar vitória
Mas só quem sobrevive é que conta sua história
Mas como o sistema permanece opressor
A história mal contada foi o branco que contou
150 anos passados da abolição
E o navio negreiro ainda me lembra um camburão
Senzala abarrotada, negros acorrentados
Alguma semelhança com os presídios lotados?
Fiquei mais forte ainda depois da tribulação
Atravessei triunfante o tempo e a geração
Para o terror daqueles que queriam ver meu fim
Ressuscitei a África que sempre esteve em mim
E bate na caixa do peito e diz, eu também sou filho de preto
E sabe de onde vem a sua essência
Da força do quilombo é que bota a resistência
Orgulho da minha cor, respeite minha crença
Sou filho de Xangô, meu protetor que eu peço a bença
Fechado com o rap, nos beco ou na pista
Sou afrodescendente, mas sou afrofuturista
Nas ruas da cidade dividindo a minha lombra
Passou a 68, acende mais uma bomba
Pra quem desacredita e gosta de plantar intriga
Sou bom na minha rima tanto quanto eu sou na briga
Não vai ser o primeiro a querer cantar vitória
Mas só quem sobrevive é que conta sua história
Mas como o sistema permanece opressor
A história mal contada foi o branco que contou
150 anos passados da abolição
E o navio negreiro ainda me lembra um camburão
Senzala abarrotada, negros acorrentados
Alguma semelhança com os presídios lotados?
Fiquei mais forte ainda depois da tribulação
Atravessei triunfante o tempo e a geração
Para o terror daqueles que queriam ver meu fim
Ressuscitei a África que sempre esteve em mim
Rompi com a opressão, no tronco resisti
Não é seu cassetete que vai me fazer cair
Minha ancestralidade eu canto na lida cotidiana
Toda periferia vem de matriz africana
Sou sangue no olho, sou sangue na veia
E em todo canto meu canto incendeia
De todos os santos, de todos os guetos
Sou filho dos prantos, sou filho dos pretos
Meu canto é forte, Já venci a morte
Meu conceito tem respeito mesmo que não se importe
Venho do norte, contei com a sorte por que não tenho porte
Delírios e suspiros, gritos, tiros e cortes
O gueto sofre mesmo que você não veja
Já vi mano caindo na bala em plena porta da igreja
Eu vi horrores, venci as dores, sobrevivi
E o canto que redime virou voz do MC
Bem vindos filhos da luz, prazer Christian de Jesus
Me invoco pra fazer jus à rima que me conduz
E se não gosta, se não gosta, parceiro, então vaza
Por que a porta da rua é serventia da casa
Eu tô insano por que o rap é urbano
Pros mano e pras mina que é firmeza pode crer que tá rolando
Me jogue aos lobos achando que é boa ideia
Que eu volto com os lobos como líder da alcateia
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