Lokomotiva da vida
Clã nordestino- Presente!
Emiliano Zapata!
- Presente!
Rosa Luxemburgo!
- Presente!
Rei Zumbi de Palmares!
- Presente!
Malcon X!
- Presente!
Rosa Luiz Sundermann!
- Presente!
Façamos a chamada dos guerreiros camaradas
Dos que sobreviveram ou trombaram na jornada
De todos aqueles que se ergueram em armas
De todos aqueles que mantiveram a calma
De todos aqueles que foram torturados
A todos o respeito, de todas as quebradas
A peste negra se alimenta das mentes revolucionarias
Das almas de eldorado, inocentes rosa candelária
111 Já se foram e para eles minhas flores
Sentimentos de pesares que mastigam minhas dores
Ainda resistimos nos mantivemos de pé
Nem por um segundo reduziram nossa fé
Em cada mãe que vê seu filho no crime
Em cada aliado que reforça nosso time
No poder invencível da força da mulher
No pelotão dos zapatistas que não dá marcha ré
Na menina palestina que combate os tanques
Ou no p.m. Preto que fez sangue no seu sangue
Os ianques vão sorrir até a derradeira hora
Também quero voar e morrer na gloria
A peste negra inicia sua marcha
Os inimigos que caíram são mais que nossas baixas
Você que é portador deste vírus libertários
Pode rimar agora se prepare para embate
Eu sei que eu sou mais eu se você for mais você
Só depende de nós a tomada do poder
Nas mansões eu quero ouvir gritos de pânico
Expropriando retomando a riqueza dos bancos
Chama os punks para falar de um mundo diferente
Onde cada um de nós será tratado como gente
Resgatar a humanidade das garras da covardia
Um só planeta uma só família
Vamos versar a controversa de um outro mundo possível
Que prevaleça a amizade, o sorriso e não míssil
Vamos lembrar de chico mendes que é um pouco de zapata
Vamos reverenciar os dreads dos rastas
Já basta! Já basta! Contra as formas de opressão
A fita é cantada na minha canção
Fazer minha parte
Arte pela arte, nuca não! Nunca não!
Engajado desde o berço não esqueço de onde vim
Minha rima não tem preço, tem começo, meio e fim
No tropeço do inimigo eu escondo meu sorriso
Revolucionário roteiro meus versos de improviso
Minha família, meus amigos pro burgues eu sei são lixo
Mas são minhas amizades que enriquecem meu espirito
Meu rito, minha estrada, meu grito, minha morada
Tomei banho nos rios, amazônia minha casa
Sagrada peste sobrevoou no labirinto dos meus versos
Contra a a.l.c.a., os esteites, os ladrões de gravata
Eterno é o batuque no terreiro da minha vida
E depois que eu tombar pode chamar a minha filha
A peste negra inicia sua marcha
Os inimigos que caíram são mais que nossas baixas
Você que é portador deste vírus libertários
Pode rimar agora se prepare para embate
Sou um mais um, só um da peste
Conhecedor rimador de norte a sul, de leste a oeste
Da minha boca saem rimas afiadas como espadas
Tão qual pranto e lamento da criança esfomeada
Se vem o sol, a seca! Se vem a fome, aceita!
Se vem a chuva, a lama! Se vem a rima, inflama!
Quer me ver, vem me ver, na tv fica ligado
A palavra de ordem que baila nos meus lábios
A tropa de choque pronta pro confronto
A burguesia vadia perdida em escombros
Aos mesmos de sempre hoje somamos
Pretos, brancos, mulheres, humanos
Hermanas, hermanos de tão pretos vermelhos
A foice e o martelo, reflexo no espelho
Quero os amigos, o abrigo da dignidade
A resistência por escrito na reportagem
Ocupar, resistir, produzir a verdade
Black bloc coragem
Quarta internacional, não america latina
É a ultima trombeta pro animal capitalista
E nessas horas eu não horo eu joro
Que o revide dessa treta ainda gera um outro louco
Nos quarteis minha ficha vai de mão em mão
Minha foto, o meu nome, a minha missão
Preto goez soldado raso da revolução
A peste é o espectro que ronda a mansão
Só o fim das mais valia alivia a tensão
Versando amizade, poesia e a resistência
A peste em mutação desafia a ciência
Sou estudante em pequim confrontando o tanque
Sou a criança vomitando com nojo do yanke
A peste negra inicia sua marcha
Os inimigos que caíram são mais que nossas baixas
Você que é portador deste vírus libertários
Pode rimar agora se prepare para embate