Claudio rabeca

Luz do baião

Claudio rabeca
A minha rima não mente
Com ela enfrento a dor
Olhar de poeta cego
Tem verso de toda cor

Quando pego no batente
Seja no sol ou no frio
Minha rabeca me guia
Atalho do desafio
Sai verso amarelinho
Preto da cor de carvão
Verde azulado laranja
Vermelho do coração

Quero rimar mais com branco
Seguindo a luz do baião
Quero rimar mais com branco
Seguindo a luz do baião

A minha rima não mente
Com ela enfrento a dor
Olhar de poeta cego
Tem verso de toda cor

A cada dia que passa
A cada noite que vai
Cada canto que eu invento
Monta nas nuvens e sai
Pra conversar com as estrelas
E contar pra me falar
Sobre os segredos da terra
Que eu canto sem enxergar

Conheço o peso do vento
Sei a medida do mar
Conheço o peso do vento
Sei a medida do mar

A minha rima não mente
Com ela enfrento a dor
Olhar de poeta cego
Tem verso de toda cor

Pra entender meu repente
Quero que preste atenção
Não ouça só com ouvido
Escute o seu coração
Sinta o perfume das rosas
Da flor de um girassol
Não vejo a luz que alumia
Mas sinto o calor do sol

Navego em barco de rima
Sem precisar de farol
Navego em barco de rima
Sem precisar de farol

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