Clemilda

Peão de boiadeiro

Clemilda
Fui Peão de Boiadeiro
Lutei muito com boiada
Rompi muitas noites escuras
Pelas longas madrugadas
Hoje sou um violeiro
Só gosto de serenata
Os meus olhos ainda choram
Quando vejo uma boiada

Vai, vai boiada
Andando no estradão
Ê ê boiada
Que me trás recordação

Atravessei a fronteira
De Mato Grosso a Goiás
Quando eu tocava o berrante
Na sombra dos matagais
A poeira faz letreiros
O vento sopra ela faz mais
Essa letra da saudade
Adeus para nunca mais

Me despeço boiadeiro
Do meu tempo do passado
Quando eu era rapazinho
Hoje estou velho cansado
Meus cabelos já tão branco
E o resto enjeado
Vivo esperando a morte
Dentro do tempo marcado


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Enviado por:

Luiza - Rio de Janeiro

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