Carimbó
Cleuma rodriguesQue por séculos, se fez atônica
No rítimo de linguagem boa
De onde o som vem e se origina
Guerreiro, Tupinambá diz e ensina
Curimbó é pau ou tronco que ressoa
Ai, ai, ai
O negro, certa vez o som ouviu
Lembrou da África e contribuiu
Com a sensualidade e percussão
O Português sentiu ritimo do Norte
Bateu palmas, estalou dedo forte
E com sopro aqueceu a miscigenação
Da palavra nativa, virou carimbó
Da musica raiz e boa que só
Veio a dança que bate a mão e bate o pé
E da influencia das tres nobres raças
Que brilham de amor e de graça
Ritimo nativo se tornou que é
E por ser que é, eu repito de novo
Carimbó é isso
É paixão, é do povo
Que ama esta terra varonil, (Pará)
É do salgado? De Curuça? De marapanim?
Não sei!
Mas sei que o carimbó é hoje sim
Patrimônio Cultural do meu Brasil
E brindando este poema com Eco de raiz
Eu canto os versos do carimbó que eu fiz
Ainda, o que eu digo é pouco
Na língua Tupinambá carimbó é tronco Oco
Agora, vou dançar que só
A dança Tupinambá que se chama carimbó. (bis)
E por ser que é, eu repito de novo
Carimbó é isso