Conde do forró

Destino implacável

Conde do forró
Na noite de prazer, na noite de amor
Depois o que fazer, se ela engravidou?
Ela entrou em desespero, enlouqueceu
Falou para o parceiro: Eu tô esperando um filho teu

Ele não quis saber, ainda foi mais além
Toma o dinheiro para você tirar esse neném
Sem base, sem estrutura, sem rumo, sem direção
Na rua da amargura, mas ouviu seu coração

Com a ajuda dos amigos e muita fé em Deus
Gravidez de perigo, mas seu filho nasceu
Trabalhou, deu duro para sustentar
Mas era incerto o futuro naquele lugar

O pai ausente, o moleque, então, se revoltou
Foi fogueteiro, de repente já era vapor
Foi gerente geral, e se tornou patrão
Hoje já tem moral, mandava no morrão

Mas numa operação que teve na favela
O aperto no coração, o desespero dela
A vida não foi fácil e ela tinha medo
Destino implacável revelou seu segredo

O policial ferido no chão
Quem vem de frente, pesadão, seu filho, o patrão
Ela gritando, chorando: Oh, por favor meu filho
Esse daí é o seu pai, não aperta esse gatilho
Ela gritando, chorando: Oh, por favor meu filho
Esse daí é o seu pai, não aperta esse gatilho

A mão tremeu, lagrimas caem
Ele não vale nada, a senhora foi mãe e pai
A mão tremeu, é choro e dor
Só não te mato porque não sou igual ao senhor

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