O grito
Conexão quatro
O grito!
No grito do Ipiranga
o meu dono me vendeu!
No meu dia de alforria
minha sina se escreveu:
sem teto, sem terra,
sem esperança e sem dor!
Fortuna, infortuna!
O meu fado já viveu!
Culpado? Que importa?!
Só o que importa, não sou eu!
Não quero hipocrisia,
demasia, disforia e temor!
Não! Não quero mais!
Eu quero sinergia, empatia,
harmonia! Minha cor!
Sim! Eu quero mais!
No meu grito de alegria
meu compasso se perdeu!
Na santa inocência
meu amigo me rendeu!
(Votou, não leu, o pau comeu!)
De novo em berço esplêndido
um sacomano nasceu!
A noite se esguia...
...meu vigia se corrompeu!
Na busca de um guia
meu dinheiro não é meu!
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