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Conjunto comercialMas esse reggae eu não sei regar não
Um regazone, um homem livre que se preze
Leva consigo um livro que lhe leve ao léu
Caro carcará...
Caruaru não é tão longe assim
Filho de iemanjá...
E esse calor que cresce todo em mim
Pobre sabiá,
Não sabia que a sabedoria do homem era ruim
Voou pelo mar
E pousou sobre a mão do marujo daquela estação
Petroleira
De petrolina
É brasileira (p-36)
Essa menina pediu liberdade
Mas nessa idade na cidade não há não
A crueldade transformou o índio em frade
Que leva consigo um livro que lhe leve-leve
Não se avexe não...
Que a ameixa preta traz xaxado e futebol
Mantra de ilusão...
Eu me sentei na pedra preta ao pôr-do-sol
O ópio de um povo é o ódio de ver denovo
É como contar com um ovo que a galinha não vai pôr
O ópio do senado espalha ódio no cerrado
É tudo um bando de safado se fazendo de doutor
Pobre sabiá,
Não sabia que a sabedoria do homem era ruim
Voou pelo mar
E pousou sobre a mão do marujo daquela estação
Petroleira
De petrolina
É brasileira (p-36)
E afundou, com o marujo, almirante e capitão
Sujando de petróleo o balneário de capão
E a vista do mirante é como um poço de alcatrão
E o povo tá sem gás pra combustível de fogão
Carne crua satisfaz a fome da população
Com verme e salmonela dá intoxicação
E sujam as privadas com a sua excreção
E pagam empregadas para lavar com sabão
Um mundo sem petróleo é um mundo sem maquinário
O povo do senado acha que a gente é otário
Repassam toda a dívida para o nosso salário
E isso é tudo coisa de safado, salafrário
Não encontro palavras nem no novo dicionário
Pra poder definir o novo conto do vigário
Caganeira toma conta de todos os vestiários
Pois estamos sem petróleo e eu não consigo mais rimar.