Noite longa vida curta
ConstantillaQuinho e Junálio
Deram-me um modelo de infelicidade
E agora estou aqui, bêbado e passado
Dez anos de estudos sem sentido e irreal
Afogam a juventude no álcool e nas festas
E tudo que nos resta de lazer é escravidão
Eu saio e bebo para compensar a frustração
do meu trabalho
Não sou inocente,
mas beberei enquanto ainda tiver o que esquecer
Disseram que era belo, mas não quiz acreditar
Criaram o anormal e me venderam o ideal
Cansado de ouvir o que a tempos já sabia
Não pude encontrar aquilo que só eu podia
E a cada dia a dia só aumenta a solidão
Eu saio e bebo para compensar a frustração
do meu trabalho
Não sou inocente
mas beberei enquanto ainda tiver o que esquecer
noite longa, vida curta
eu beberei enquanto ainda tiver o que esquecer
Não há prá onde fugir quando se prende o amor
Não existe liberdade, o carcereiro está preso
Todo excesso é tóxico e eu estou saturado
desta vida que me mata em doses de homeopatia
e o que resta do amor já não alcança o coração
eu saio e bebo para compensar a frustração
do meu trabalho
não sou inocente,
mas beberei enquanto ainda tiver o que esquecer
noite longa, vida curta
eu beberei enquanto ainda tiver o que esquecer