Dentro desse furacão onde sempre estou a colidir
Em pétalas e espinhos, de rosas que plantei
No mais frio e obscuro, âmago que nunca encontrei
Pelas ruas sem abrigo, nessas noites quentes de verão
Onde corro o perigo de vagar sem direção
Rumo a leve brisa, perdida rumo ao mar
Procurando a forte bruma, só para poder me refrescar
Não há mal nenhum por eu tentar sobreviver
Não há mau nenhum enquanto o mundo não me vê
Não há mau nenhum se o amor não me esquecer
Não há mal nenhum a melodia envolver
Quanto tempo o imaginário levará para acabar
Com a falsa sensação que está a se formar
Da mais pura e densa forma
Que ninguém jamais provou
Como um brilho tão intenso nunca se revelou
Não há mal nenhum por eu tentar sobreviver
Não há mau nenhum enquanto o mundo não me vê
Não há mal nenhum se meu amor não for você
Não há mal nenhum a poesia corromper
Em meio aos destroços, sem saber se distinguir
Medindo seus esforços para poder se distrair
Jogando no passado, o futuro que comprei
Nunca duvidando que um dia pagarei