Desamparada
Cordel das fitasTirou a roupa, ficou completamente nua
Pensou no alguel por pagar
Depois lembro que não tinha mais jantar
Tirou a roupa ficou completamente nua
Depois a rua foi passando a comentar
Ela perdeu a cabeça
E foi surpresa, ninguém pode acreditar
A rua desgovernada
Levou a dona, o grito, a voz desemparada
O asfalto movediço
Feita de areia, seus edifícios
… becos sem saída
Ela não sabe, enloqueceu
Ficou maluco quando atravessa a rua
Tirou a roupa, ficou completamente nua
Pensou no alguel por pagar
Depois lembro que não tinha mais jantar
Tirou a roupa ficou completamente nua
Depois a rua foi passando a comentar
Ela perdeu a cabeça
E foi surpresa, ninguém pode acreditar
A rua desgovernada
Levou a dona, o grito, a voz desemparada
A rua desgovernada
Levou a dona, o grito, a voz desemparada
A cidade é seu hospício
Com vaga certa, seus precipícios
No transe, no surto
No grito oco
Da periferia da central
No transe, no surto
No grito oco
Da periferia da central, do Brasil