Cria da quebra

A riqueza dos grãos (part. jota ariais)

Cria da quebra
Uma par de vez eu vi meu pai preocupado e não entendia
Que as gota de suor era pra ter moradia
Não dei valor, mas deu tempo de em vida arrepender
Foda é quando arrepende e ele não tá mais com você
O morro é loko mano, onde a subida é diferente
Vitória tem outro significado pra gente
Única certeza que a vida me deu: Que eu vou morrer
Onde aprendi a respeitar, fui obrigado a conviver
Com choro, com o bar lotado e os atraso das macas
Com as tubaína, os fliperama e os dog de barraca
Com as cicatrizes pelo corpo e olhar que entrega
Nunca vê nada até sabe, pra ficar vivo nega
Cansa de ver que carrinho de roleman não bate 100 km/h
Atrás das honda, roda. E vai parar na febem
Quem diria, sonhou sempre com volume na carteira
E hoje sente saudade até do som das goteira
Dos mofo, das rachadura e dos beijo antes de deitar
Solidão não mata um homem, faz ele se matar
Cê vai ver que seu vira-lata lotado de sarna e pulga
Te ama mais dos que te abandonam lá na fuga
Vai dar valor até pras brigas com a sua velha, cara
Quando a voz dela se tornar uma das coisas mais rara
E descobre que o único amor que teve em vida
Colou de buzão lotado em domingo de visita

Quantas pétalas vi saudades decorar
E o que era sorrir, hoje fez chorar

Pode “muta” o volume, sempre vai ecoar alto
Os grito dos inocentes que você matou em assalto
A vida é curta mano, vários insiste em reduzir
Lembra o ditado “não é bater, é quanto vai resitir”?
Não é verdade absoluta o inverso da mentira
Que viu os exemplo morrer sonhando com a zafira
Mó ironia quem resgata é os “gol quadrado”
Chega sem vida aos ps com sangue coagulado
Eu resisti falta de janta por não ter um gás
Todo mundo de oakley, e eu portando “brás”
Não foi vergonha truta, suor eu herdei de herança
Eu perco à vida nessa porra, não as esperanças
E to ligado, é triste a noite, sozinho no quarto
Á escuridão alivia quem sempre sonha alto
O abandono da família mesmo vivendo junto
Onde os exemplo é bebida que faz briga ser assunto
Sofrer sozinho é foda, incomoda, mas fortalece
Os que conhece os cheiro de carne quando apodrece
Não da lugar pros dedo apontado ter razão
Veneno nós tomou de gole.. Sem deserto ás ilusão
Fez entender a ferrari passar toda blindada
Na mesma rua onde as crianças dormem sobre a calçada
Conflito com a minha mente: Será que eu sou louco?
Enquanto o coração não para, eu me mato aos poucos
Pra nós só existe pólvora, nunca existiu pavio
Sonhando com o “eu te amo” mesmo que fosse vazio
Cansou de abrir as pernas e por as mãos na parede
Se alimentou só de fé e no fim morreu de sede

Quantas pétalas vi saudades decorar
E o que era sorrir, hoje fez chorar

Que os infortúnios da vida, sejam o segredo que triplica a força e impulsionam o levantar, e ensine à riqueza dos grãos no barulho de chuva, pra que o conforto do abraço não seja

Lembrado só quando tudo for saudade

Encontrou algum erro na letra? Por favor envie uma correção clicando aqui!
Discografia