Coqueiro velho
Dalva de oliveira
Coqueiro velho abatido pelos anos,
Ninguém sabe os desenganos
Dessas folhas descoradas, caídas, vencidas
Ninguém sabe os desenganos
Dessas folhas descoradas, caídas, vencidas
Somente a palmeira coitada que a ventania malvada
Levou separando sem dó duas vidas
Você foi a minha palmeira de folhas bem verdes
Um verde esperança
Foi mera visão passageira de um dourado sonho de criança
Tal qual um coqueiro abatido magoado eu tenho no meu coração
No samba procuro a bonança da tempestuosa desilusão.
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