Cartão-postal (em compasso suicida)
Danilo lemos
Tenho um minuto de inspiração
De poesia ofegante sem respiração
É que estão me esperando pruma reunião
Eu já pedi um café e um cigarro também
Eu vou lhe escrevendo enquanto não vem
O emprego vai bem
O dinheiro que tem
Amores possíveis
Temores visíveis
Enquanto garrancho as palavras daqui
Sem tempo pra nada e o mal da estafa
Derruba mais gente que pneumonia
Estou numa fria, estou com azia
A cada minuto me atraso mais dez
Cadê meu cigarro? Me dá dois cafés
O que há de errado?
Faz nove minutos que eu estou sentado aqui
Estou numa fria, impostos em dia
Deus não me escuta e o diabo não vem
Me fazer uma oferta
A hora é essa
A linha é direta
O inferno é aqui
Não é desespero só quero sossego
Por quinze minutos esquecer que o dinheiro
Nos faz a cabeça, tronco e membros
A cada momento
Eu morro por dentro
De poesia ofegante sem respiração
É que estão me esperando pruma reunião
Eu já pedi um café e um cigarro também
Eu vou lhe escrevendo enquanto não vem
O emprego vai bem
O dinheiro que tem
Amores possíveis
Temores visíveis
Enquanto garrancho as palavras daqui
Sem tempo pra nada e o mal da estafa
Derruba mais gente que pneumonia
Estou numa fria, estou com azia
A cada minuto me atraso mais dez
Cadê meu cigarro? Me dá dois cafés
O que há de errado?
Faz nove minutos que eu estou sentado aqui
Estou numa fria, impostos em dia
Deus não me escuta e o diabo não vem
Me fazer uma oferta
A hora é essa
A linha é direta
O inferno é aqui
Não é desespero só quero sossego
Por quinze minutos esquecer que o dinheiro
Nos faz a cabeça, tronco e membros
A cada momento
Eu morro por dentro
Corro por fora ou me entrego de vez
Ou inverto a história, eu só tenho que ir
Deixar pra outra hora essas breves memórias dos tempos daqui.
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