Fruto do suor
Dante ramon ledesma
A terra nova era um paraíso,
o milho alto e os rios puros.
Dormia o ouro a cobiça ausente,
era o índio senhor do continente.
Foram chegando os conquistadores,
os africanos e os aventureiros.
O índio altivo se mesclou ao escravo:
nascia um novo tipo americano.
O interesse fabricou carimbos.
O ódio à toa levantou paredes.
A baioneta desenhou fronteiras.
A estupidez nos separou em bandeiras.
o milho alto e os rios puros.
Dormia o ouro a cobiça ausente,
era o índio senhor do continente.
Foram chegando os conquistadores,
os africanos e os aventureiros.
O índio altivo se mesclou ao escravo:
nascia um novo tipo americano.
O interesse fabricou carimbos.
O ódio à toa levantou paredes.
A baioneta desenhou fronteiras.
A estupidez nos separou em bandeiras.
Tenho um filho nessa terra,
foi um amor sem passaportes.
Se o gestar foi brasileiro
não me chames de estrangeiro.
Cada pedra, cada rua
tem um toque de imigrantes.
Levantaram com seus sonhos
um país que não tem donos.
O suor fecunda o solo e a semente não pergunta:
Brasileiro ou imigrante? Só o fruto é importante.
Não me sinta forasteiro.
Não me invente geografias.
Sou tua raça, sou teu povo,
sou teu irmão no dia-a-dia.
Tenho um filho nessa terra,
foi um amor sem passaportes.
Se o gestar foi brasileiro
não me chames de estrangeiro.
Cada pedra, cada rua
tem um toque de imigrantes.
Levantaram com seus sonhos
um país que não tem donos.
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