Viva a cueca vanerão
David menezes jr.
Pesquisando indumentária andei estudando à beça.
Lí o livro do Fagundes, consultei Barbosa Lessa,
Mas a última palavra quem me deu foi o Paixão:
A pilcha não tá completa sem a cueca vanerão.
Pano ser pano de saco, de açucar ou de farinha,
Desde que seja algodão, não abafa nem espinha.
Bem folgada no fundilho, da calcinha é diferente,
Tem um botão na cintura e uma abertura na frente.
Lí o livro do Fagundes, consultei Barbosa Lessa,
Mas a última palavra quem me deu foi o Paixão:
A pilcha não tá completa sem a cueca vanerão.
Pano ser pano de saco, de açucar ou de farinha,
Desde que seja algodão, não abafa nem espinha.
Bem folgada no fundilho, da calcinha é diferente,
Tem um botão na cintura e uma abertura na frente.
Abaixo a cueca apertada!!!
Eu grito até ficar roxo!
Viva a cueca vanerão,
La fresca, chega de arroxo!!
Escondido na calcinha, fingindo pose de macho,
Tem gaúcho bem pilchado, da roseta ao barbicacho,
Ao ver o seu desconforto, esta pergunta eu despacho:
Que adianta bombacha larga, se a cueca aperta por baixo?
Eu não sou contra o progresso, respeito toda opinião.
Mas em matéria de cueca não aceito evolução.
A vida anda apertada, na guaiaca falta troco,
Ao menos alguma coisa fica livre do sufoco.
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