Dama hipócrita
Daya moraesCresci de um jeito, minha natureza a se transformar
Nascida da existência de uma força interior
Requisitada pela luta de ser quem sou
No início foi loucura
Não tropecei
O tempo correu as estradas
De uma vida de temor
Caída em mim mesma
Nadei nas águas do opressor
Noite intensa, escuridão e muito pavor
Transforma
Transparência
Garota que faz, sente e pensa
Ser quem se é, hoje é uma incoerência
Sou dama hipócrita no reino da existência
O frio na pele agora era todo desamor
Amigos antes que me amavam, hoje trilham com rancor
Minha família corrompida pela ideia fixa
Você é aquilo que nasce e não o que você cria
A realidade é rainha
Que matou o rei que a amava
Sendo ela mesma a assassina detestada
Perdoe minha família
Toda essa revolução
Mas a mulher que eu sou
Não aguentava a prisão
A chave do cativeiro é a ignorância
E eu quebrei as correntes com sabedoria e esperança
A natureza é mãe, o universo é pai
Meu corpo santuário, minha vida, meus ideais
Não faço mal ao corpo, transformação é lenta
A aparência que tenho, expressa a minha essência
Infeliz eu era cheia de incertezas
Falso teatro e aplausos da nobreza