Decadência

Toda uma vida pra nada

Decadência
Mais outro dia começa
Igual a todos que já se passaram
Vendo o sol nascer
Pela janela de um onibus lotado

Lutando pra enriquecer
Alguem que não é você
Sorrindo em monotonia
Julgando na hipocrisia

Toda uma vida pra nada
Existindo em conivência
Abrindo mão da vivência
Mentalizando seu padrão de decência

Toda uma vida pra nada
Mais um entre a multidão
Cegado pela fumaça
Sujo de poluição

Vivendo o eterno operário
Eterno escravo do mundo
Dando a si um valor monetário
Em troca de seu óbito diário

Sob os olhares atentos
De quem espera, que se siga a massa
E que chuta a já podre carcaça
Dos sonhos em seu travesseiro

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