Délcio tavares

Chuva de espera

Délcio tavares
A chuva chegou em pingos de espera
Com a mão de quimeras que chegam à tarde
A luz da consciência as vozes de dentro
Queimando no centro silêncios de alarde

O rumo estradeiro de orelhas alertas
Ao trote desperta lembranças dormidas
Sair pra voltar trazendo consigo
Além do perigo a prenda querida

O vento dobrava a melena dos pastos
Rangido de bastos
Chapéu desabado
A noite chegando o dia saindo
E a chuva caindo no poncho encharcado

O murmúrio das sangas à beira do mato
Na mente o retrato do sonho perfeito
A moça Maria sacrário da sina
Adeus à menina estampada no peito

Por fim o rangido no fim do caminho
Pelegos pro ninho de sonho e querer
A vida floresce o tempo desnudo
O amor lembra tudo sem nada dizer

O vento dobrava a melena dos pastos
Rangido de bastos
Chapéu desabado
A noite chegando o dia saindo
E a chuva caindo no poncho encharcado

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