João e seu ideal de barro
Denis strog
JOÃO E SEU IDEAL DE BARRO
MAS A CHUVA AINDA CAI NO SEU TERREIRO
E FAZ LAMA NO SEU IDEAL
COMPÕE A CANÇÃO DO SOL NO DESESPERO
E REVERBERA IRREMEDIÁVEL EROSÃO FACIAL
ACABRUNHADO E TEMENTE DA NOITE
ANSIOSO não PEGOU NO ARADO
LHE DOIA OS LATIDOS E UIVOS COMO AÇOITE
E A MORTE CAMINHAVA AO SEU LADO
OS AMIGOS PERENES NÃO POUPAVAM LUZ
E ERAM FAVORÁVEIS AS CONDIÇÕES
O PESO QUE SENTIA NÃO ERA DA CRUZ
ERAM PRESSÃO E TRÁFICO DE EMOÇÕES
MAS A CHUVA AINDA CAI NO SEU TERREIRO
E FAZ LAMA NO SEU IDEAL
DISPARA SEM MEDO UM TIRO CERTEIRO
E EVITA ASSIM O TEMPORAL
A PRESENÇA DO SENHOR ERA VISÍVEL
E O PRANA, BÁSICO SUPRIMENTO
DO FOGO OUTRORA FORA SENSÍVEL
HOJE QUEIMA COMO ALIMENTO
A CHUVA ENTÃO CUMPRIU SEU PAPEL
E FEZ TIJOLOS COM A TERRA MOLHADA
AJOELHOU- SE E OLHOU RUMO AO CÉU
E PÔS-SE A CONSTRUIR A MORADA
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