3. cinza cerrado
Desaforo norteMas eu sou míope e não percebo
O descaso de amores secos como os do Drácula
Minha alma se prepara pra sangrar até o cabelo
Pálido esse solo não é fértil
É duro e cinza mermo e esse contato só me gera mais medo
Entendo hoje suas necessidades, cidade, mas por favor me escute
Caso contrário me execute!
É óbvio o seu senso de urgência, seu desejo de vitória
Suas construções em massa, seu apego
O foda é carregar todo esse peso, descompassa
E minha morta memória, jura em vida nunca te esquecer
O próximo passo ainda não foi dado
Magnífico é o retrato e essencial é o semblante com que eu o trato
Histérica ousa me afrontar, me encurralar
Mas não consegue sou invisível, difícil de rastrear
Cabível sua máscara de Jason
Mas é fake e de perto eu vejo que é feito de palha, então não deixo
Eu ser omisso frente a tudo que almejo
Pra mim cê é só um espantalha no meio de todo esse milheiro
Megalópole, numérica, frágil, áspera
Cortante, relativa síntese de Einstein e Kant, perfeito
50 anos em 5 traz os seus efeitos
Prolixo eu sigo nessa guerra contra os seus defeitos
Meus próprios pesadelos, edifícios
Meu cerrado que monocromático concreta morte em indivíduos
Mata mais que a Sousa Cruz em seu ofício, esse é o vício dessa capital onde o coração é menor que o Umbigo
Gatilhos hoje feitos de papel, pedra, tesoura corta essa corda e lado mais forte é cruel
Esse é o incrível poder com que o poder te recompensa
Vida longa, mas longe das suas crenças