Diabo na cruz

Pioneiros

Diabo na cruz
Esquadrão de pioneiros
Seres simples, bem amados,
Têm sonhos delicados e vontades de quem
Só faz por ser pessoa, não temer vida que doa,
Pulso firme no machado a atalhar mais além!
São de fera, fé que esmera
Aberto bem o olho
E do velho no restolho,
Cabe ao novo florir
Pôr mais ferro no arado,
Sol da vinha de focado
Calcular cerca de dado
Que se expressa a fugir...

E a banda pergunta à ordem defunta
E a banda pergunta à ordem defunta
E a banda pergunta à ordem defunta
O que é? Q que é? que é? que é?

Que é feito dos pioneiros?
Dos novos pioneiros
Desses sempre prontos a agarrar o mundo inteiro
Que é feito dos pioneiros?
Dos novos pioneiros
Dos loucos abençoados que se lançam a terreiro...

Onde páram os soldados das horas primordiais?
Rin-tim-tim oh ai!

Esquadrão de pioneiros,
Alam perigos e aventuras,
Não se furtam a agruras,
São a sua própria lei!
Vêm preocupados
Seus irmãos abananados,
Espalhados sem critério pelas coutadas do rei.
Pé de cabra na aldraba,
Abre as sobras do tesouro,
Vira prata, empenha ouro
Pelos motins do país.
Diz o cego "claridade",
Diz o surdo "sanidade",
Diz o mudo com verdade
O que toda a gente diz...

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