O retirante
DiguiPensamento na partida, e esperança no destino
Medo do novo,certeza só há na chance
Um futuro melhor, por isso, vive pedindo
Sente,que algo mudara na sua vida
Não sabe se um presente divino,mas sabe que apostou
Tudo
Largou cumpades,amidos e a familia
Pensamento positivo pra chegar nun novo mundo
De tudo,que largou, saudades não sentirá daquele poço
E o suor que escorria diariamente debaixo do sol
De menor aprendeu que um prato vale o esforço
Enxada na mão,um trapo no corpo e protegendo o rosto
Um lençol
Vindo só,e por coragem atrás de mudança
De onde vem é raro sorriso numa criança
Sendo que a esperança,lá, erra o endereço
Conformismo domina, e a vida perde seu preço
Vai!,mesmo sabendo quantos voltam ou morrem mais cedo
Nas mãos um terço,olhos baixos, cansados e...,é só o
Começo,
Viajem longa, motivação pra uma engênua sabedoria
Fuga da vida precária, mais um escravo do sertão se
Retira.
Refrão
Seca, morte, pobreza em massa (em massa )
Terra inutil,cena sinistra que não passa (não passa)
Se a fome abraça, se ajoelha e reza por uma graça
(graça)
Filho da seca,toma seu rumo e vai com raça. (com
Raça)
Vida sofrida,olha pra tras e não se arrepende
Vontade aguerrida e paz de espírito
Alegria escondida, se faz presente
Como num inocente sorriso de um menino
Quilometros,passado, o chão e a incerteza
Lacrimejantes olhos castigados
Desabafo de um filho da seca
Reflete a garra de um povo condenado
Calado,viajante numa nova paisagem
Longe daonde veio,mas perto deonde sempre quis
Sabe que terá um novo outro recomeço
Diz pra si mesmo,quanto tempo esperou pra ser feliz
Aprendiz,agarrado numa merecida oportunidade única
Pulsação rapida demostra o quanto uma chance é subta
Chegada marca,sofrida o valor da familia e a saudade
Mas vai com garra, acredita e faz valer... a viagem
!
Refrão
Seca, morte, pobreza em massa (em massa )
Terra inutil,cena sinistra que não passa (não passa)
Se a fome abraça, se ajoelha e reza por uma graça
(graça)
Filho da seca,toma seu novo rumo e vai com raça. (com
Raça)