Canto querência e raiz
Dilceu dos santospra um determinado progresso, e eu, em
busca do sucesso, tenho feito o que posso,
com amor e devoção. Respeitando a
tradição sem pisotear no que é nosso."
Hei de cantar minha terra
Com alma, amor e civismo
E não vou dobrara a carcaça
Para esse tal de modernismo
Vivo exaltando o Rio Grande
Este rico chão que piso
É um sentimento que trago
Pra não cantar o meu pago
Só morto ou fora do juízo.
Por carregar ideais
Eu abro a voz e não me calo
Procuro botar tenência
Pra cada fraze que falo
Canto madrugadas largas
Anunciadas pelo galos
Meu sinuelo é a verdade
Canto minha liberdade
Feita a casco de cavalo.
A velha raça charrua
Tropeia junto à meu sangue
Não renego minhas raizes
Por onde quer que eu ande
Não frouxo o tento pra tráz
Nem que este mundo desande
Minha rima é uma trincheira
Vou cantar a vida inteira
Estechão, que é meu Rio Grande.
A história do meu povo
Do pensamento não sai
Minha filosofia xucra
Em forma de versos vai
Canto o sul do meu país
Entre Argentina e Uruguai
Reforçando o estribilho
Quero deixar pro meufilho
Todo o que herdei do meu Pai.