Gravidade
DillazPor estar a oferecer mais que aquilo que tem
Não dá para forçar aquilo que se quebra
Mas caga nisso fofa tasse bem
Eu não ligo mais
Porque a ligação caiu
Não sei para que lado vais
Eu nem sei quem te assumiu
Na cara não vês coração
E eu dou por mim a pensar cada vez que me vi
A passar tudo o que é mau contacto para ti
Para o karma o destino vai ser o meu
Sei o que a vida me vai reservar
Mas além de queimado, culpado eu?
Não sei não
Tentava não opinar a maneira como ela mexe
Ela vinha com requinte
Não dava para inventar uma nota de zero a dez
Ela era mais que vinte
Era fina, mas sabia que me dava com os jacarés
Eu estava no dia seguinte
À espera que ela sorrisse para a pose
Mas ela despe-se em todo o quadro que eu lhe pinto
Eu de facto não sei
Sei que eu avanço quando ela recua
Não sei se é barra ou está a pôr-me à prova
E pelas outras verem a Lua
Amor eu dava-te uma Lua nova
Não fui só eu, mas qual é a tua?
E se não deu, qual é que é a nossa?
Chegou mudou a cor à minha rua
Pintou o meu lancil a cor de rosa
E sei que para ti já não passo de um nojo
Da desilusão
Passei a terra para ver mar para ouvir a soluçar
Que não há solução
Mas nem tudo o que é flor é para plantar em Maio
E a minha mãe foi plantá-la para a ver crescer
Dois corações no mesmo sítio
Tudo era bonito até um dia não vir a ser
E tu vais falar nunca com bondade
Mas nunca foi mal nem praga que eu rogo
Sabes que no mar que eu remo à vontade
Às vezes é mesmo mar que eu me afogo
Agora a saudade não é novidade
De qualquer maneira ainda me interrogo
Qual foi a sorte ou qual a gravidade
De eu não te ter engravidado logo