Amanhecer divino
Dino franco e mouraíOlha o sol como rebrilha no caudal do ribeirão
A alvorada despertando a natureza
Resplandece a beleza no romper do seu clarão
Cantam cigarras e revoam beija-flores
Neste festival de cores que o nosso pai criou
Os bem-te-vis orquestrando em sinfonia
Saúdam com alegria mais um dia que raiou
Amanheceu, amanheceu
Nas verdes copas dos pinheiros da colina
Há rumores de oficina que parecem ser reais
São arapongas a cumprir com seus destinos
Imitando a voz dos sinos quando batem seus metais
E junto à fonte de vaidade quase humana
Uma linda suçuarana gosta de se admirar
Quando em seguida mansamente ela caminha
Mais parece uma mocinha quando sai a passear
Amanheceu, amanheceu
Eu sou pequeno, bem menor que um pedregulho
Mas eu tenho um orgulho que não é pecado não
Me regozijo, oh! Meu Deus por ser teu filho
Ser poeta e andarilho pra cantar por teu sertão
Mundo perfeito de amanhecer divino
Onde vejo Deus menino cada vez que o dia vem
Este universo há de ter outras moradas
Onde anjos de mãos dadas cantam comigo também
Amanheceu, amanheceu