Nossa raíz
Dino franco e mouraíEsqueceram da nossa raiz
Só se lembra de gravar rancheira
E estilo de outro país
É um tal de bolero corrido
Chamamé e polca canção
Onde estão a nossa violeirada
As modas cantadas de viola e violão
No passado tivemos violeiros
Que cantaram sem nenhum defeito
Até hoje eu sinto saudade
E conservo meu grande respeito
Dava gosto assistir uma dupla
Quando o povo aplaudia de pé
Hoje em dia se vê repentista
Que são bons artistas mas duplas não é
Esta arte de cantar de viola
E a vida do nosso sertão
Vem do tempo do Brasil colonial
Vem marcada pela tradição
É um caboclo dançando um catira
Uma era feliz que passou
A viola tem alma e sente
Os filhos ausentes que o tempo levou
Lá por volta dos anos cinquenta
Foi o auge de bons violeiros
Raul Torres, Florêncio e Rielle
Que no rádio foram pioneiros
Logo veio Tonico e Tinoco
Elevando nosso potencial
Depois Zé Carreiro e Carreirinho
Palmeira e Luizinho de nome nacional.
As duplas de hoje em dia já querem ir mais além
Esquecendo que o Brasil, é um violeiro também