Triste desengano
Dino franco e mouraíDo tempo da mocidade sempre deve ser lembrado
Eu amei uma menina e juntos fomos criados
Eu ganhei seu coração o meu já tinha lhe dado
Quando nós dois se encontrava de alegria se abraçava
Dando suspiros trocados
O cantar de um sabiá foi o que me entristeceu
Recordei daquela aldeia onde nosso amor nasceu
Mas depois de um certo tempo não sei o que aconteceu
Fiquei sem minha querida que uns tempo me pertenceu
Seria melhor a morte que ter esta triste sorte
Que não me favoreceu
Quem teve amor e perdeu não deve fazer mais plano
Deixei dos divertimentos, meus cabelos estão branqueando
Eu amei esta menina na idade de quinze anos
Tão criança conheci, como é triste um desengano
Este peito dolorido dos golpes que tem sofrido
Este foi o mais tirano
Então eu fiz esta moda no cantar dos passarinhos
Primeiro eu fiz a toada depois eu fiz os versinhos
Lembrando de minha amada comecei cantar baixinho
Não procurei companheiro por isso tenho o meu pinho
A moda de um triste assunto não gosto de cantar junto
Preciso sofrer sozinho
Hoje eu tive esta lembrança por ser um bom trovador
Analisando meus versos achei que tinha valor
Dois eu mandei de presente pra minha querida flor
Um verso levou saudade outro vai pedir um favor
É pra ter, minha querida, lembrança da nossa vida
Saudade do nosso amor
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)