Velho marujo
Dino franco e mouraí
Sentindo o peso da cruel idade
Velho marujo sempre vai ao cais
Olhando as águas ele tem vontade de navegar
Mas já não pode mais
Velho marujo sempre vai ao cais
Olhando as águas ele tem vontade de navegar
Mas já não pode mais
Em pensamento volta ao seu passado
E traz imagem que a lembrança traz
Sentindo o gosto amargo da saudade
De sua luta contra a tempestade
E a calmaria devolvendo a paz
Velho marujo escravo do passado
Eu compartilho aos sentimentos seus
Meu coração também foi aportado
E só vagueia no cais do adeus
No mar bravio ele enfrentou perigo
E muitas vezes viu de perto a morte
Valeu a ajuda de fiéis amigos
Sua coragem e até mesmo a sorte
Porém o tempo cruel inimigo
Na aportagem se mostrou mais forte
E despojado do vigor antigo
Só a saudade hoje traz consigo
Num barco triste à deriva e sem norte
Igual a ele eu também um dia cruzei
Os verdes mares da ilusão
Mas quase morto na melancolia
Me ancorei no porto solidão
Encontrou algum erro na letra? Por favor envie uma correção clicando aqui!