Cotidiano periférico
DisnortiaçãoNão vim aqui pá paga de malandro nen pá paga de bandido
Eu sou discriminado sou da perifa e você sabe disso
Não sei si é pelos meus pano ou si é pela minha cor
Eu só represento o meu povo sofredor
Que rala o dia inteiro segunda a segunda sol a sol
Pra nun vê seu filho pedi na esquina ou no farol
Um povo trabalhador esse é o nosso valor
Mais não é assim que nos olha os doutor
Eles fala que nóis é bandido só porque somos da periferia
Pilantra safado filho de uma
Olha pra mim agora si liga seu vacilão
É por isso cus meus manos tá com a arma na mão
A perifa já cansou de tanta discriminação
Vamo bota pra racha no ouvido desses cuzão
Não tem nen liberdade pra anda na periferia
É só olha para a frente e ver o carro da polícia
Eles já vem me bicando sai do carro e vai gritando
"mão na cabeça vai pá parede abre as pernas seu malandro"
Cambada de mané não adianta vim com essa banca
Aqui você não é herói a mim você não espanta
Pois eu vejo em muitas quebradas muita gente morrendo
Tiro na cara roubo e facada e vocês não faiz nada
Cadê o herói que me boto na parede tá tremendo na base qui nen vara verde
Nóis somos de anápolis si liga aí irmão
Nóis viemos aqui pra fazer revolução
Pra quem não nos conhece nóis somos três irmão
Aqui conhecido como disnortiação.
Tamo firmão prosseguindo na missão
E viemos pra racha no ouvido desses cuzão
Que quer nos ver algemados dentro do camburão
Fazendo a vontade desse sistema do cão.
Loukoty:
Tamo firmão prosseguindo na missão
E viemos aqui pra fazer revolução
Si liga aí comédia si liga vacilão
Porque o rap é letal como um tiro de oitão
Que entra na sua mente te deixa inconsciente
Que deixa em choque o sistema incompetente
O rap é o hino que fortalece a corrente
Contra esse sistema bando de indelinquente
E é assim que acontece aqui na minha quebrada
Policial te enquadra sem você ter feito nada
Si eu tô na quebrada dando o meu rolê
Lá vem os cochinha eu vou fazer o que?
Me mandam pra parede e eu já sei o porque
Me chamam de safado vagabundo e ladrão
Só por causa do meu estilo meio esparradão
Cotidiano periférico vei é sempre assim
Demônios de farda que quer ver o seu fim
É por isso que os meus manos estão sempre matando
Policial folgado que brinca com os malandro
Os herói da playboyzada aqui não me espanta
Não adianta vim com essa de querer colocar banca
Os excluídos estão unido contra esses comédia
Que quer nos ver trancado mofando em uma cela.
Tamo firmão prosseguindo na missão
E viemos pra racha no ouvido desses cuzão
Que quer nos ver algemados dentro do camburão
Fazendo a vontade desse sistema do cão