Divaldir

Pé na tábua do fusquinha

Divaldir
Comprei um fusquinha velho
Tava todo enferrujado
Levei ele na oficina
Pra dá um trato caprichado

O mecânico falou
Isso é coisa de aloprado
Se você sair na estrada
O guarda fica invocado

Esse fusca 69
Já é coisa do passado
Mas ei tinha que ir
Num lugar bem povoado

Botei o carro na estrado
E saí desconfiado
Se eu não fosse esperto
O guarda tinha me multado

Ai ai, to sofrendo demais
Cutuco o pé-na-tábua meu carango não vai
Ai ai to sofrendo de mais
Cutuco o pé-na-tábua meu carango não vai

Eu ia de pé na tábua
Seguindo pela estrada
De repente vi o guarda
Me mandou fazer parada

Chegou perto de mim
E deu uma risada
Esse carro seu
É uma arma engatilhada

Eu falei pra el assim
Seja o meu camarada
Preciso ver minha mãe
Que ontem foi operada

Pode crer no que eu falo
Tenha pena da coitada
Ele caiu no meu papo
Na minha conversa fiada

Eu pisava até no fim
Mas meu fusquinha não ia
Fui chegando la no morro
Na hora que eu subia

Até gritei por socorro
Quando um estouro ouvia
Parecia uma bomba
Que na hora explodia

Chamei por Nossa Senhora
Também virgem Maria
Eu vou lá no ferro-velho
Entregar essa porcaria

Ter um carro desse jeito
Só vai dar estrepolia
É melhor andar a pé
Do que em cima dessa fria

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