Divino e donizete

Pout-pourri de pagodes

Divino e donizete
Viola que não presta
Faca que não corta
Se eu perder, pouco me importa.

O cabo da minha enxada era um cabo bacana
Não era de guatambu, era de cana caiana
Um dia lá na roça, me deu sede toda hora
Chupei o cabo da enxada e joguei a enxada fora
Enxada que não presta
Faca que não corta
Se eu perder, pouco me importa.
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Gavião da minha foice
Não pega pinto
Também a mão de pilão
Não joga peteca
O cabo da minha enxada
Não tem divisa
As meninas dos meus olhos
Não tem boneca
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Já derrubamos o mato
Terminou a derrubada
Agora preste atenção
Meus amigo e camarada

Não posso levar vocês
Na minha nova empreitada
Vou pagar tudo que devo
E sair de madrugada
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Barranco de lado a lado metro e meio só de estrada,
vem sair delá com vida de um estouro de boiada,
briga de foice no escuro prá ele é marmelada,
prá quem já caiu no fogo, uma brasa não é nada.
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Viola minha viola, cavalete do pau preto
Morro com você nos braços, de joelho lhe prometo
Viola minha viola de jacarandá e canela
Na alegria ou na tristeza vivo abraçado nela
Minha viola divina, eu ganho a vida com ela.

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