O dom da palavra
Dm (daniel moita)
Sente a palavra, de palavras eu vivo
Fernando Pessoa, sem um único livro
Sinto-me livre, leve quando escrevo
Isto é a quarta folha do meu trevo
Sinto medo, nervos, á flor da pele
Sufoco palavras, em meia folha de papel
Queimei todo aquele, que quer o meu Inferno
Palavras de ódio, como um tumor no cérebro
Quero ser sincero, espero pela loucura
Eterno demente, sei que ela perdura
Palavras que procuras de arrependimento
Mentes obscuras procuram rendimento
Tento ser único, em tudo o que faço
Palavras sofridas, divididas por um escasso
Passo, a passo, eu passo por palavras
Que nem te passam, passo-me, peço a palavra
Fernando Pessoa, sem um único livro
Sinto-me livre, leve quando escrevo
Isto é a quarta folha do meu trevo
Sinto medo, nervos, á flor da pele
Sufoco palavras, em meia folha de papel
Queimei todo aquele, que quer o meu Inferno
Palavras de ódio, como um tumor no cérebro
Quero ser sincero, espero pela loucura
Eterno demente, sei que ela perdura
Palavras que procuras de arrependimento
Mentes obscuras procuram rendimento
Tento ser único, em tudo o que faço
Palavras sofridas, divididas por um escasso
Passo, a passo, eu passo por palavras
Que nem te passam, passo-me, peço a palavra
Palavras são palavras, muitas sem significado
Pessoas com palavrões, só mandam palavreado
Fico aparvalhado, toda a gente ri-se
Fui crucificado, por tudo o que disse
Visse o que visse, nunca vi nada igual
Eu sou a junção, entre o Bem e o Mal
Eu sou o tal, que a escrita pariu
Sinto o que digo, sinto arrepio
Palavras, reflectem o que sou
Ouço vozes, que ninguém escutou
Estou melancólico, insólito sentimento
Declararam o óbito deste movimento
Só quem sente, sente, devia fazer isto
Matam palavras, por isso é que eu existo
Ressuscito palavras, dedicação motivação
Tenho o dom da palavra, a palavra é um dom
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