Inerte
Doctor mars
Meu sangue corre no corpo em aflição
Eu sem saber porque devo viver
Que deixe rubras minhas mãos inertes
Se do punho intercisado correr
Eu sem saber porque devo viver
Que deixe rubras minhas mãos inertes
Se do punho intercisado correr
Seria fácil fugir dessa prisão
O indulto imposto, as guardas, sem ter
Que deixe escura a minha visão
Pra luz pra sempre desaparecer
Me dê motivos, motivos pra viver
Me dê motivos, motivos pra crer
Que o choro em coro não é a escolha
Não deixar flores caírem ao chão
Ou deixem tudo que fiz se esquecer
À sete palmos desaparecer
Pois, afinal, tudo nasce pra morrer
Saiba que estou sempre à tua frente
Desde o dia em que apareceu
Não sou o abismo, assim como sentes
Sou uma escada que tem fim no breu
O sal escorre, mais cedo ou mais tarde
Mas, filho, agora és mero mortal
Ninguém se importa se fores covarde
É só um atalho pra parte final
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