Vai que de repente
Dois em um
E se acontecer de dar certo
E nossos dedos se encaixarem bem
E nossos pés dispensarem os traços
Que ensinam a dança
E rodarem tontos por todo o lugar
Onde a gente, de repente,
pode se encontrar
Por sorte, destino ou engano
Vai que, de repente, eu te amo
E nossos dedos se encaixarem bem
E nossos pés dispensarem os traços
Que ensinam a dança
E rodarem tontos por todo o lugar
Onde a gente, de repente,
pode se encontrar
Por sorte, destino ou engano
Vai que, de repente, eu te amo
Vai que acontece eu chegar
E aparar seu corpo antes do chão
Ou, ao me ver, ainda no ar,
Você criar asas
Passar rasante assustando a platéia
E pela mão, de repente,
Por descuido ou surpresa
Você me carregar pra qualquer canto
Vai que, de repente, eu te amo
Pode ser do acaso
brincar com a gente
E empurrar as paralelas
das nossas vidas
Criando um ponto em comum
Vai que, perdido, eu embaralhe as frases
E embaralhado em alguma delas
Você me ache
E transforme essa vida engasgada em um canto
Vai que, de repente, eu te amo
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