E agora, zé?

Estalido no escuro

E agora, zé?
O sol e um soco na cara
As algemas quebradas
Na cara, rugas, um talho
Morrer não é um atalho

Coloquei as mãos no fogo
Devagar corpo todo
No bolso, a identidade perdida
Lembrei que já amei um dia

O beijo foi um estalido no escuro
O beijo foi um estalido no escuro
Um pulo do muro

Meu desejo não era vaidade
Larguei e deixei o medo
No cinzeiro

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